BUCARESTE - A Pequena Paris - Romênia - 1/3
ETIAS – Autorização para entrar na Europa
Anunciado em 2016, o European Travel Information and Authorization System (ETIAS) — Sistema Europeu de Informação e Autorização — está cada vez mais próximo de ser concretizado. A nova regra de entrada de estrangeiros na Europa se baseia no sistema americano, com maior segurança e será válido a partir de 2025, ainda sem data para início dos procedimentos. O sistema verificará as credenciais de segurança e cobrará uma taxa (atualmente divulgada como sete euros) dos viajantes que visitam os países-membros do Tratado de Schengen, para fins de negócios, turismo, médicos ou de trânsito. Os viajantes, que atualmente visitam a Europa sem Visto, podem entrar na UE e nos países-membros de Schengen, gratuitamente e sem qualquer triagem de segurança digital antes de sua chegada à Europa. Vale lembrar que o ETIAS não será um Visto, mas uma autorização de viagem para viajantes que não precisam de Visto Consular para visitar a Europa.
Um pouco de história...
Bucareste tornara-se a capital da Romênia, em 1862, embora o país tenha sido criado três anos antes. Era porque muitos e muitos anos de guerras e invasões na Europa, havia ali três regiões de população de origem romena: a Valáquia, a Moldávia e a Transilvânia. Em 1859, a Moldávia e a Valáquia se uniram para a criação de um Estado romeno, oficialmente reconhecido após a Independência do Império Otomano, em 1877. Depois da Guerra, a Transilvânia deixou o Império Austro-Húngaro, para fazer parte da Romênia e até hoje a Romênia e a Hungria mantêm uma divergência por conta disso.
O que visitar
Escolha o Free Walking Tour, que saia às 15 horas, em frente ao relógio da Unirii Square e levava os turistas a um interessante passeio, com duração de duas horas. Pelo caminho, estava o Distrito Lispcani, onde ficava o centro antigo. Acessando a Strada Franceza, encontrava-se a antiga Corte Principesca, construída no século XV por Vlad Tepes, o Vlad Drácula. Aqui havia um estátua do controverso líder, que serviu de motivação para a lenda do vampiro.
Ao lado, estava a igreja mais antiga da cidade, a Biserica Curtea Veche, datada de 1559, e onde eram coroados os príncipes romenos. Em frente, ainda na mesma rua, estava a Hanul lui Manuc ou hospedagem do Manuc, uma residência construída por um rico comerciante armênio, em 1808, preservada no mesmo estilo e hoje funcionava como um hotel e restaurante. Entre e confira. Esse local servira de palco para a discussão do Tratado de Paz, que colocaria o fim na guerra entre Turquia e Rússia, e que durara de 1806 a 1812. Circular pelas ruelas de Lipscani era um belo passeio. Era na rua que dava nome ao Distrito, a Strada Lipscani, que se encontravam algumas das atrações mais interessantes, como o bonito prédio do Banco Nacional Romeno, construído em 1885, em estilo clássico francês. O cruzamento com a Strada Smardan, era o centro do distrito histórico, ponto de encontro das pessoas e onde ficavam artistas de rua, jovens e vendedores ambulantes. Continuando pela Strada Lipscani, encontravam-se várias lojas e bares. Aproveite quando estiver caminhando por aqui e conheça a livraria Cărtureşti Carusel.
Aqui ficava o Restaurante La Mama, que era muito bom e tinha preços camaradas. Em frente ao restaurante, estava o Hanul Gabroveni, um prédio do início do século XIX, transformado em Centro Cultural. Entre na Strada Hanul cu Tei, uma passagem de 1833, que levava até a rua Blănari. A entrada era meio escondida, mas dentro encontravam-se restaurantes, lojas e Galerias de Arte. Andando pela Rua Stavropoleos, encontrará um dos restaurantes mais antigos de Bucareste, a Cervejaria Caru cu Bere. Na mesma rua, havia uma igrejinha, a Biserica Stavropoleos, construída em 1724 que valia entrar e também dar uma olhada nos jardins que ficavam nos fundos.
Um dos limites que marcavam o fim do centro histórico, era a Calea Victoriei, uma elegante avenida onde estavam os melhores hotéis e alguns dos prédios mais bonitos da cidade. Entre eles, o Museu Nacional de História, facilmente identificável pela estátua esquisita que tinha na entrada: o Imperador Trajano, pelado, carregando um lobo.
Interior do Palácio do Parlamento
Observações
Quem conhecia bem a cidade, afirmava que a disposição urbanística impedia que houvesse um centro referencial. Na falta desse lugar — quase sempre uma praça, lugar simbólico e orientador — existiam avenidas de grande envergadura e largos boulevars que, de alguma forma, orientavam quem circulava pela cidade. Esse papel poderia ser desempenhado por um rio, como acontecia com freqüência pelo mundo à fora. Bucareste tinha o seu rio, mas o pequeno Dâmbovița fora transformado em canal e se não estivermos atentos, não dariamos por sua presença.
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O idioma falado era o romeno, um idioma que viera do latim e cuja sonoridade lembrava o idioma italiano;
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Cuidado com os táxis, e se for preciso, peça para ligar o taxímetro. No geral, era muito tranqüilo, mas ainda tinha uns que cobravam taxa fixa de turista-bobo;
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A cidade tinha um sistema de Metrô e ônibus que funcionam bem, mas se ficar só pelo centro, era preferível andar à pé;
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A eletricidade era 220v, a tomada era a tipo F, aquela de dois pininhos redondos, usada na maior parte da Europa. Veja nas dicas deste site, mais informações sobre tomadas e plugues;
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A Estação de Trens Gara Du Nord, era a Estação Central que servia trens nacionais e internacionais. Tinha ligação com o Metrô e suas linhas que cobriam toda a cidade.
A exemplo de outras cidades do leste europeu, existia uma Bucareste antiga, chamada Centrul Vechi, uma pequena área central aconchegante e meia peatonal. Por muitos anos aqui acontecia o melhor do comércio local, depois decaiu e mais recentemente começou a recuperar sua hegemonia comercial e turística. A Rua Lipscani era a mais agitada e onde estava a Carturesti Carusel, uma jóia de livraria, que deveria ser citada como uma das mais bonitas do mundo: tinha seis pisos, um pé-direito altíssimo, num prédio antigo recuperado. Muitos livros, em romeno e inglês, e um Café no topo, convidando para encontros e leituras. Ainda na mesma rua, no número 12, uma inscrição evocava a atividade jornalística de Mihai Eminescu, o poeta nacional dos romenos.
Havia restaurantes mais apropriados para uma experiência da gastronomia romena, mas o peso histórico (ali, em 1812, delegações da Rússia e da Turquia assinaram o Tratado de Bucareste, pondo fim a seis anos de guerra) e o ambiente compensavam. Era um destino boêmio, com Cafés, hotéis, restaurantes, nightclubs, lojas de souvenirs e umas pequenas igrejas. Era um lugar coletivo, um espaço onde as pessoas se encontrvaam, conversavam, seduziam, onde circulavam em grupo quase sempre, um oásis numa cidade frenética de 2,5 milhões de habitantes.
As referências históricas e turísticas
Arco do Triunfo
Próximo dos Jardins Japoneses, ao lado do Parque Herăstrău, este monumento datado de 1936, comemorava a Guerra da Independência Romena e a Primeira Guerra Mundial. O arco estava no mesmo local que uma versão anterior de madeira, construída às pressas para comemorar a vitória na Guerra da Independência, quando a nação rompera com o Império Otomano, em 1878. Isso for substituído por outro arco de madeira, após a Primeira Guerra Mundial, enquanto o atual monumento tiinha relevos esculpidos por Constantin Baraschi, o principal escultor romeno da década de 1930. Havia uma plataforma no telhado, que se poderia alcançar em dias especiais, mas o resto do tempo era uma visão para admirar do outro lado de uma rotatória muito movimentada.
ARCUB
Em Lipscani, o Centro Cultural do Município de Bucareste era um prédio que merecia ser visitado pelos apreciadores da arquitetura Art Deco. Desde 1996, o prédio era um centro cultural, realizando mais de 200 eventos por ano, por artistas não apoiados por instituições culturais tradicionais. Se podia ver o interior, assistindo a um dos concertos no auditório de 320 lugares, acessado por uma elegante escada de um hall de entrada.
Ateneu Romeno - Strada Benjamin Franklin, 1-3 -
No corpo da cidade, havia duas coisas a que não escapamos, independentemente do nosso interesse e vontade: os prédios monolíticos e o Palácio do Parlamento. Os primeiros representavam um período e uma fase política. Construídos para alojar as vagas de novos habitantes do pós Segunda Guerra Mundial, era como se fossem peças de Lego, muito juntas, todas iguais (um bom exemplo era o bairro de Tineretului). Aqui e ali, notava-se o trabalho de restauração, com as fachadas aliviadas da sua monotonia, por pinturas de tonalidades exuberantes: verde, amarelo, azul.
Quanto ao palácio, tinha-se ao fundo do Bulevar Unirii, uma reta com 3.500 metros de comprimento, amuralhada por prédios pesados. Nascido com o nome de Bulevar Vitória do Socialismo, era a resposta da Romênia comunista aos Campos Elísios. Impressionava pela escala, falta lhe arrojo. Muitas fachadas foram tomadas de assalto por anúncios de grandes marcas multinacionais capitalistas. Por aqui dava para notar um trânsito agitado, e crianças deliciando-se nas águas das várias fontes. À medida que a caminhada avançava, o palácio crescia. No final, a Praça da Constituição, um sítio desamparado, um palco defronte de um gigante que oprimia o visitante. A este palácio, Ceausescu chamava Casa Republicii. Era um prédio pomposo, conservador, icônico, majestático, mas sem inspiração, sem um estilo forte e definido. Seu interior era grandioso, austero, exótico e comum, sem nada que se pudesse mencionar como destaque.
Bucareste Comunista
Uma visita imperdível na capital romena, era ao Palácio do Parlamento, o segundo maior prédio administrativo do mundo, depois do Pentágono. Era um gigante, fruto da megalomania do ditador Nicolau Ceausescu, e que gerara a destruição de boa parte da área do Distrito histórico da cidade. Era considerado também um dos maiores prédios civis do mundo, medindo 270 x 240 x 86 metros de altura. Parecia que um país inteiro ajudara a construí-lo – incluindo 700 arquitetos e 20.000 trabalhadores. Apenas materiais romenos foram usados – fora algumas portas que foram presentes do então Presidente de Zaire. A construção deixara a Romênia completamente sem mármore: todo o estoque fora utilizado no palácio.
A entrada para visitantes, ficava na Bulevardul Natiunile Unite, e seria preciso apresentar a carteira de identidade ou o Passaporte. Promovia visitas diárias, das 10.00 as 15.30h. A grande avenida que chegava até o Palácio do Parlamento e cortava 3,5 km pelo centro da cidade era o Bulevardul Unirii, que também fazia parte dos planos de reestruturação urbana de Ceausescu. A avenida, com prédios clássicos do período comunista, hoje tomados por anúncios e lojas, foi inspirada na Champs-Élysées, e em seu centro, fontes dividiam espaço dos carros. Duas praças marcavam a Revolução que ocorrera em 1989 e tirara Ceausescu do poder: A Piata Revolutiei, que ficava logo no final da Calea Victoriei, e que fora o local onde o ditador proferira seu último discurso, numa varanda do antigo prédio do Comitê Central do Partido Comunista, hoje prédio do Ministério do Interior.
Por aqui também estavam alguns monumentos em homenagem à Revolução, em especial o Memorial do Renascimento, um estranho obelisco branco, com uma coroa negra no topo. Nessa praça havia bonitas construções, que nada tinham a ver com os conflitos políticos: o Museu de Arte Nacional, que ficava no antigo Palácio Real, o Romanian Athenaeum, uma casa de espetáculos, e a Igreja Kretzulescu, construída em 1722. A outra praça era a Piata Universitatii, um ponto de encontro popular na capital, onde estavam 10 cruzes em pedra, em homenagem aos mortos pela Revolução. Nessa praça ficavam o Teatro Nacional, o prédio da Escola de Arquitetura e o Sutu Palace, onde estava o Museu de História de Bucareste.
Calea Victoriei
Era um verdadeiro museu a céu aberto, embelezando a cidade com seus palácios, igrejas e monumentos, que registravam épocas e datas históricas. Calea, em português, equivalia a caminho e, sendo assim, tratava-se de uma rota urbana secular. Em 1692, a Uliţa Mare, ou grande rua, fora toda pavimentada em madeira, por Constantin Brâncoveanu, soberano da região, abrindo passagem da Velha Bucareste em direção ao seu palácio, o Palatul Mogosoaia. Fora rebatizada Victoriei, após a Guerra da Independência de 1878, a longa avenida era coração e símbolo da cidade, misturando o antigo com o moderno e o sofisticado com o simples. Era pela sua ciclovia que se pedalava em direção aos seus parques e museus, nos momentos de lazer. Era também nas suas igrejas onde se celebravam boa parte dos batizados, seguidos de movimentados almoços, nos pátios convidativos dos seus muitos restaurantes. O miolo do seu Centro Antigo, abria espaço para bares e festas até o sol raiar. Fora sobre seu asfalto, que se travara a Revolução de 1989 e, atualmente, a sua praça, a Piața Victoriei, convocava os romenos para se reunirem em importantes protestos.
A Avenida da Vitória, era a primeira entre iguais, no conjunto dessas grandes avenidas. Era difícil percorrer de ponta a ponta, em seus três quilômetros. Aqui encontrava-se o Museu Nacional de História Romena, o Palácio dos Telefones – um mastro com 50 metros de altura e primeiro prédio representativo do estilo arranha-céus na cidade, e vários hotéis antigos e novos, bem como várias lojas de grifes. Caminhando mais um pouco, chegava-se à Praça da Revolução e em seu redor, o Ateneu Romeno – a grande sala de concertos, e o Palácio Real – agora sediando o Museu de Arte Romena – a Biblioteca Central da Universidade e a antiga sede do Partido Comunista. Continuando a caminhada pela avenida, aparecia o mais extravagante e exibicionista prédio de todo o percurso: o Palácio Cantacuzino, mandado construir pelo político conservador Gheorge Grigore Cantacuzino, que estava associado ao compositor George Enescu. Após a sua morte, em 1955, tornara-se o Museu George Enescu. Ao final dessa caminhada, a Calea Victoriei chegava à enorme extensão da Praça da Vitória, uma intersecção de oito vias.
Carteiristas - Pick Pocket -
É lamentável que a Romenia assim como a Polônia, sejam hoje exportadpres de Carteiristas - Pick Pocket - para as principais cidades do continente europeu. Eram grupos de mulheres, duplas e casais que circulavam pelas principais atrações turísticas e metrôs com um objetivo eplíícito: furtar!
Cidade Velha – Lipscani
Lipscani era o lugar para fazer negócios na cidade entre a Idade Média e o século XIX. Alguns dos nomes das ruas ainda lembram as guildas, que antes eram baseadas: Blănari (Rua dos Furriers) ou Șelari (Rua dos Seleiros). Este pequeno ambiente fora uma das únicas partes da cidade a serem recuperadas após a Segunda Guerra Mundial e renascera como uma zona peatonal elegante, com boutiques, restaurantes e bares instalados em prédios restaurados. Conheça a Pasajul Macca-Vilacrosse, no lado oeste, uma passagem de compras, data de 1891, em forma de garfo, iluminada por vitrais amarelos no teto.
Distrito Lipscani -
As tentativas mal feitas da Prefeitura de transformar o bairro estavam evidentes em toda parte. Um emaranhado de passarelas de pedestres fora construído às pressas para circulação pelos becos estreitos esburacados. Fachadas neo-barrocas, cobertas de grafite e pichações e repletas de pontos vermelhos estavam sendo substituídas por Galerias de arte e teatros subterrâneos. E Lipscani estourara com o surgimento de novos bares e Cafés.
Fábrica de Fundos Plasticos - Strada Băiculești, 29 -
Do lado oposto da cidade, situava-se um antigo Complexo industrial, agora uma ilha criativa e onde havia um dos conjuntos de esculturas mais extravagantes da cidade, denominado Caruta cu Paiate ( Carroça Cata Vento ). Instalada defronte ao Teatro Nacional, homenageava o amado dramaturgo Ion Luca Caragiale, bem como seus personagens mirabolantes. Era um espaço de traçado industrial e onde hoje existiam oficinas de artistas, funcionava um Complexo, onde se produziam e armazenavam produtos usados em artes plásticas: tintas, telas, papel, pincéis, lápis, seguindo a política do regime de fugir às importações. Após 1989 as compras ao exterior recomeçaram e, aos poucos, a manufatura fora perdendo o seu propósito. O espaço mantivera-se propriedade da União dos Artistas Plásticos Romenos, que o convertera em ateliês.
Grande Hotel du Boulevard
Situado no cruzamento da Calea Victoriei com o Bulevardul Regina Elisabeta, alegrava os olhos dos visitantes. Era um hotel luxuoso do final do século XIX, que servira de Quartel General para as tropas alemãs (1941 – 1944), sendo posteriormente utilizado como prédio público, durante o regime comunista (1950 – 1974). Desativado de suas antigas funções, alguns escritórios funcionavam em seus andares superiores, e também permitia locação dos salões para eventos e conferências.
Igreja do Monastériode Stavropoleos - Strada Stavropoleos, 4 -
Era considerado o melhor prédio religioso de Bucareste, tinha uma linda fachada com arcos multi-fólios, pintados com foliate de arabescos e padrões de gavinhas, sustentados por belas capitais. Acima estavam medalhões pintados de santos, e havia muito mais pinturas internas na forma de afrescos de pedra e uma iconostase surpreendente. A igreja datava de 1720 e sua arquitetura era uma expressão perfeita do estilo Brâncovenesc, da Romênia, que mesclava elementos bizantinos, otomanos, renascentistas e barrocos. Ao lado, havia um prédio do início do século XX, que abrigava arte religiosa, como ícones e afrescos de muitas igrejas que foram derrubadas durante o regime comunista, após a Segunda Guerra Mundial.
Livraria Carturest Carrosel –
Localizada no coração de Bucareste, no antigo prédio de um banco do século XIX, transformado em um moderno local de seis andares, era uma das livrarias mais agradáveis e elegantes do mundo. Ao longo dos seis andares havia escadarias, varandas de ferro e uma infinidade de livros de diferentes temáticas que se misturavam entre si para formar uma bela composição em um espaço cheio de luz. Não é apenas uma livraria aonde as pessoas iam para comprar livros; em suas instalações era possível relaxar lendo um livro, comprar alimentos ecológicos, vinho e todo tipo de presentes. Havia uma Cafeteria localizada no último andar do prédio e onde se tinha uma bonita vista da cidade.
Manuc's Inn
Era um lugar de significado real, não apenas porque era um dos prédios mais antigos da cidade. Fora criado pelo comerciante armênio Manuc Bei, em 1802, com o formato clássico de um grande pátio central em torno de dois níveis de galerias de madeira, com quartos para hospedagem, refeições e armazenamento de mercadorias. Na primeira metade do século XIX, era o centro de negócios de Bucareste e, após várias restaurações, as mais recentes no final dos anos 1930, a estrutura essencial permanecera intacta, assim como o restaurante. Situado no extremo sul da Cidade Velha, oferecia cozinha tradicional romena e balcânica, acompanhada de música e dança folclórica, à noite.
Memorial dos Heróis Nacionais - Strada General Candiano Popescu, 105 - Carol Park –
Marcava a sua posição no topo do Parque Carol I, assim nomeado em homenagem ao primeiro Rei da Romênia. Situado na zona mais alta do parque, o monumento (que incluia ainda a chama eterna, em memória de todos os soldados desconhecidos que morreram em diversas guerras), era guardado 24 horas por dia por membros do Exército e de outras forças de segurança nacionais. Deste ponto do parque, era possível ver o Palácio do Parlamento, localizado a cerca de 2 kms de distância. Estação de Metrô mais próxima: Eroii Revolutiei ou Tineretului (Linha M2 – Azul.
Monumento à Resistência -
Em 2016, o monumento do escultor Mihai Buculei, fora erigido sobre o pedestal de uma estátua de Lênin, por iniciativa da associação dos ex-presos políticos. A obra, que tinha 20 metros de altura, era composta por três asas de aço inox, estava colocada diante de um dos prédios mais importantes da era Stalin, na atual Praça da Imprensa Livre.
Palácio da Primavera
Não muito longe do Parque Herăstrău, no luxuoso bairro de Primăverii, havia uma parte atraente da história romena do século XX. Com excursões disponíveis mediante reserva, com um dia de antecedência, o Palatul Primăverii era a elegante residência do notório ditador Nicolae Ceaușescu. Este palácio de 80 quartos fora construído na década de 1960 e contava com um jardim de inverno, adega, papel de parede de seda, arte valiosa, móveis luxuosos, banheiros com acessórios de ouro maciço, uma grande piscina e até um cinema. Entre os líderes mundiais recebidos, aqui estivera Richard Nixon, que tomara chá com Ceaușescu no palácio, em 1969.
Palácio Cotroceni - Boulevard Geniului, 1 -
Criado em 1895, para o primeiro Rei da Romênia, Carol I, ficava sobre uma colina que há muito tempo era um local de residência para os governantes da Romênia. Após a abdicação do último Rei, Michael I, em 1947, a propriedade passara a ser usada para receber Chefes de Estado, visitantes. E desde o retorno da democracia, o Palácio se tornara a residência oficial do Presidente da Romênia. A ala mais antiga do prédio estava aberta ao público, com o Museu Nacional Cotroceni, mostrando o esplendor da biblioteca, apartamentos e salas de recepção, juntamente com uma enorme coleção de pinturas, esculturas, cerâmicas, artes gráficas, móveis, têxteis e objetos de vidro. Muitos desses itens eram das coleções pessoais da Rainha Maria da Romênia e do Rei Fernando I, na virada do século XX.
Palácio Patriarcal
Erguia-se no Monte Metropolitano, no local de um antigo Mosteiro, que agora abrigava prédios de importância religiosa e histórica. Construído em 1908, o Palácio servia como centro de conferências, local de eventos e escritórios administrativos do Patriarcado Romeno. Visite o local para apreciar seu interessante design neoclássico e conheça outras atrações localizadas no morro próximo. A entrada era maravilhosa e foi projetada pelo arquiteto Dimitrie Maimarolu. Era um alpendre com colunas perístilo, dominado por seis grandes pilares de estilo jônico. Observe os capitéis esculpidos e o nome do palácio gravado na parede diretamente acima dos pilares. Coroando o telhado do Palácio, havia uma cópula encimada pela figura de uma águia. Visite outras referências, localizadas na Metropolitanate Hill, entre eles a atraente Catedral Patriarcal Romena, em estilo Brâncovenesc, construída pela primeira vez em 1650. Adornando a entrada estavam mosaicos de santos. No interior, havia uma coleção de afrescos, em estilo bizantino. O primeiro Primeiro-ministro da Romênia, Barbu Catargiu, fora assassinado em frente a essa Catedral, em 1862.
Parque Herăstrău
O maior parque de Bucareste fazia fronteira com a cidade ao norte, e grande parte de sua área era ocupada pelo lago Herăstrău, de 74 hectares. No Rio Colentina, esse grande corpo de água era parcialmente artificial, formado quando os pântanos ribeirinhos foram drenados, na década de 1930. O lago tinha um perímetro de seis quilômetros, preferido pelos corredores no verão, e se poderia alugar uma bicicleta perto da entrada principal ou fazer um passeio de barco, a partir do cais na costa sul. A pé, faça um desvio pela Insula Trandafirilor ( Ilha da Rosa ), descendo as avenidas das tílias e entrando no Jardim Japonês, plantado com cerejeiras que floresciam no início da primavera.
Palácio do Parlamento - Strada Izvor, 2-4 -
Era um prédio de magnitude absurda, o Palácio do Parlamento acolhia o Parlamento da Romênia, mas também guardava perfeitamente as megalomanias de Nicolae Ceaușescu. Com 365.000 metros quadrados, era considerado o maior prédio administrativo do mundo, destinado a residência, e apesar de conter salas de recepção, museus e escritórios do Governo e a sala do Parlamento, ainda esavaá com quase 3/4 vazios. O Palácio foi construído a um custo enorme, em termos de dinheiro, e onde muitas pessoas teriam morrido durante sua construção, na segunda metade da década de 1980. Era o ponto focal do pomposo redesenho de Ceaușescu, em Bucareste, após um terremoto em 1977, e tinha oito níveis subterrâneos e um bunker nuclear. Era possível avaliar o tamanho estupendo e completo deste prédio, visitando o Museu do Palácio, o Museu do Totalitarismo Comunista e o Museu Nacional de Arte Contemporânea, na ala oeste.
Parque da Juventude
Estava localizado no Distrito Quatro, próximo da Praça Unirii, o centro da cidade e também perto de três estações de metrô: Estação de Metrô Youth, Estação Heróis da Revolução e Estação Constantin Brancoveanu. Fora criado para atender a parte sul da população da cidade, onde não havia lugares para relaxar no início do período comunista. Inicialmente, era chamado Bucur-Park, o nome do fundador da capital romena, o Pastor Bucur. Fora o arquiteto e designer Velentin Donose quem construiu o local com a ajuda dos chamados voluntários, jovens trazidos para trabalhar como um ato patriótico de construção do socialismo, como era a regra naqueles anos. O trabalho para criação do Parque da Juventude começara em 1965 e terminara em 1974.
Praça da Revolução
Cenário de todo o tipo de instituições romenas, recebia esse nome dos violentos distúrbios de 1989, que depuseram Nicolae Ceaușescu e derrubaram a República Socialista da Romênia. Um prédio interessante para refletir por um momento, era o Ministério da Administração Interna, construído para o Comitê Central do Partido Comunista Romeno e, em 1989, Ceaușescu e sua esposa Elena fugiram de helicóptero desde o telhado, antes de serem julgados e executados no dia de Natal daquele ano. Outro evento marcante aconteceu aqui vinte anos antes, quando Ceaușescu anunciou a política de Independência da Romênia, em relação ao Kremlin, depois de condenar a invasão soviética da Tchecoslováquia.
Piata Unirii
Era uma estação de Metrô das linhas M1 , M2 e M3, localizada sob a Piata Unirii, no Setor Quatro, no centro da cidade. A estação de bondes e as paradas de ônibus estavam localizadas nas proximidades. Estabelecida no subsolo, a Estação Piața Victoriei possuia duas plataformas de passagem. A primeira, Piața Unirii 1 , possuia uma plataforma central ladeada pelos dois trilhos do trecho comum às linhas M1 e M3, estava localizado: entre as Estações Izvor , no sentido de Dristor 2 (linha M1) e Preciziei (linha M3), e Timpuri Noi , na direção de Pantelimon (linha M1) e Anghel Saligny (linha M3). O segundo, Piața Unirii 2 , também possuia uma plataforma central ladeada pelos dois trilhos da linha M2 , estava localizada entre as Estações Universitate, no sentido Pipera, e Tineretului, no sentido Berceni .
Primeira Escola Romena – em Brasov
Era um pequeno museu, instalado junto ao pátio da Igreja de São Nicolau, na localidade de Brasov. Destaque para a valiosa coleção de pinturas de Stefan Mitonescu.
U Arte Galeria - Bulevardul Iancu de Hunedoara, 8 - Uzin Business Center –
Era uma moderna e belíssima galeria de arte que reunia o melhor da atual safra de artistas romenos e de outros países do leste europeu.
Onde dormir
Bucareste era muito mais bonita do que se imaginava. A capital da Romênia não entrava no roteiro típico de um tour pela Europa, e muitos achavam que a cidade era perigosa. Bucareste era a capital de um país pobre, mas a entrada na União Européia e mudanças recentes no Governo, estavam começando a mudar o modus vivendi de sua população. A maioria das construções era bonita e bem cuidada, tanto que a cidade já era conhecida como Pequena Paris.
Escolha se hospedar na região da Zona 1 do Metrô, onde ficava o centro da cidade e também porque seria mais fácil para a locomoção. Era no Setor 1 que ficava a maior concentração de hotéis, provavelmente por ser a área mais rica da cidade, especialmente o bairro de Dorobanti. A região Praça Universitate era muito bem situada, assim como toda a área da parte de acima, onde ficavam alguns parques, museus e igrejas. Prefira as acomodações que fiquem perto da Calea Victoriei ou ainda da Piata Romana. O Setor 3 era o mais populoso da cidade e onde ficava a principal área para turistas: Lipscani, ou Old Town e a maior parte das atrações turísticas, os prédios mais bonitos e boa parte da animada vida noturna, com bares, restaurantes e boates.
Onde NÃO ficar
Devido ao grande número de batedores de carteiras ( Pick Pocket ) de origem romena nas grandes cidades turísticas da Europa, criara-se a idéia de que a Romênia poderia ser um país com alto índice de criminalidade. Entretanto, Bucareste era uma cidade segura para turistas, incluindo mulheres que viajassem sozinhas. Como em qualquer grande cidade, era sempre importante tomar as precauções básicas com as quais já estamos acostumados no Brasil, como evitar áreas mal iluminadas à noite e sempre ficar atento aos objetos pessoais.
As regiões não recomendadas para hospedagem em Bucareste, são Rahova e Ferentari, no Setor Cinco. Eram áreas mais carentes, conhecidas por relatos de furtos e roubos de carros, além de ficarem longe dos pontos turísticos. Evite ficar em bairros como Berceni, Floreasca, Tei e Baneasa. Apesar de não serem zonas necessariamente perigosas, estavam distantes dos principais pontos turísticos.
Hotel Epoque – $$$ - Intrarea Aurora, 17 C -
Estava localizado no centro da cidade. Era uma espécie de boutique hotel, muito elegante, com quartos grandes, café da manhã excelente e um pessoal muito atencioso.
Hotéis Ibis –
Eram dois hotéis Ibis e por conta da fama da bandeira francesa do Grupo Accor, dispensava qualquer comentário.
· Hotel Duke Romana - Dacia Boulevard, 33 –
· Ibis Bucarest Palatul Centre - Izvor Street, 82/84 e o
· Ibis Bucharest Gare Du Nord - Calea Grivitei, 143 - Setor 1 -
· Rembrandt Hotel - Smardan Street, 11 -
· K+K Hotel Elisabeta - Strada Slanic, 26 -
Melhores Hostels
Book-a-rest Hostel –
Localizado no centro da cidade, próximo da Estação de Metrô Universitate e do centro histórico, tinha opções de quartos privativos e compartilhados para até 8 pessoas. A Recepção funcionava 24 horas e o WiFi estava disponível.
Bucur`s Shelter -
Também no centro da cidade a poucas quadras do centro histórico, oferecia café da manhã e vaga de estacionamento gratuita. Era possível reservar um quarto privativo ou compartilhar seu espaço, num quarto com quatro beliches. A diária individual custava a partir de 20 Euros.
X Hostel Bucarest –
Era o maior Hostel da cidade, contava com uma guest house ao lado e um pub super badalado no porão. Ficava a 300 metros do centro histórico e 450 metros da Praça da União. Ao lado havia uma Estação de Metrô. Os preços da diária variavam de 20 a 40 Euros, dependendo do tipo de quarto.,
Onde comer
Bar Oktoberfest – Sttrada Selari, 11/12 - Cidade Velha –
Freqüentadíssimo pelos turistas, por sua enorme animação durante as 24 horas, de segunda a domingo. Nesse endereço funcionava a Oktoberfest 1 e 2, e no endereço J-15 da Estrada França, funcionava a Unidade 3, das 22.00 as 7.00h. Era o mais puro agito.
Café Klein - Strada Smârdan, 11 -
Era um pequeno restaurante recomendado para almoço, jantar ou lanches antes ou depois de passear pela Cidade Velha. Tinha uma acolhedora área externa com mesas e coberturas de guarda-sol. O serviço era bom e também era um ótimo lugar para tomar uma cerveja e observar as pessoas circulando.
Curu`cu Bere - Strada Stavropoleos 5 -
Era a Cervejaria mais antiga da Romênia. Tinha um restaurante grande e bonito, com arquitetura neo-gótica. O seu interior parecia uma igreja, por causa dos vitrais e do madeiramento. Além de cervejas e petiscos, oferecia o tradicional schnitzel, joelho de suíno, lingüiças e outros pratos típicos alemães. Era uma das melhores opções de restaurante da cidade.
Galletto - Strada Caderea Bastiliei, 78 –
Era um ristoranti italiano meio escondidinho na avenida, e muito bem freqüentado pela população local e também pelos turistas bem informados e ávidos de saborear uma boa comida.
Mega Mall Bucaresti - Bulevardul Pierre de Coubertin, 3-5 -
Era o Shopping onde estavam alguns dos melhores restaurantes da cidade, inclusive algumas franquias tradicionais pelo mundo a fora, como a Mc Donalds e a Burger King . Um dos restaurantes recomendados era o Manufaktura The Coffee Shopque, além de Cafeteria também servia comidas francesas e italianas.
Paul - Bulevardul Regina Elisabeta, 11 -
A famosa rede de padarias francesas estava presente em Bucareste. Por ser uma rede, era exatamente igual a Paul dos outros lugares, seja de Paris ou e outras cidades pelo mundo. Tinha praticamente os mesmo doces e sanduíches que nos outros lugares. Seja para tomar o café da manhã caprichado com croissant, pain au chocolat e outras delícias francesas, como para um almoço rápido e um lanche da tarde, um lanche no Paul, era um luxo!
Social 1 - Bulevardul Unirii 1 –
Era um dos restaurantes mais bem freqüentados pelos locais. Os preços eram camaradas e a qualidade dos serviços dependia muito do humor do pessoal que atendia. Havia umas mesas na parte externa, de onde se tinha uma bela visão do prédio do Parlamento. Para o almoço, sempre oferecia um menú especial a um preço de 5 a 8 Euros por pessoa.