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DURBAN  - Os museus e afins - África do Sul - parte 2/2

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As Coleções Campbell – Gladys Mazibuko Road, 220 - Berea -

 

Estavam abrigadas em uma casa de estilo neo-holandês do Cabo, que era a casa do produtor de açúcar de Natal e político Sir Marshall Campbel. As Coleções Campbell foram reunidas pelo filho, William  e sua filha Killie, conhecida colecionadora de arte africana, viveu em Muckleneuk até sua morte em 1965, quando suas coleções foram doadas para a Universidade de Natal. A Instituição coletava, preservava, e divulgava material de arquivo raro, único e especializado, refletindo as mudanças políticas, econômicas, culturais e sociais na África, para apoiar o estudo e a pesquisa na Universidade de KwaZulu-Natal e as necessidades do povo da África do Sul e globalmente. As Coleções eram formadas pelos conteúdos da Biblioteca Killie Campbell Africana, Coleção de Móveis e Imagens William Campbell,  pelo Museu Mashu de Etnologia e pela Coleção Jo Thorpe.

 

Cato Manor Heritage Centre - Rick Turner Road, 750  - Cato Manor - 

 

Coleções de fotografias, documentos, obras de arte e histórias orais neste museu único e interativo, capturavam a vida e os tempos da região e de seus habitantes. Utilizavam a luz natural e o espaço para iluminar impressões fotográficas do chão ao teto, que capturavam o desafio e a luta pela liberdade durante o Apartheid. O Center também mostrava o príncipio humanitário e a participação da comunidade por meio de suas exposições. Circule pelas exposições interessantes na forma de recortes de jornais, relatos históricos e cartas que documentavam os despejos, motins e rebeliões que arruinaram a área por décadas. Abria de segunda a sexta das 8.00 as 16.00h.

 

Centro do Holocausto e Genocídio – KE Masinga Road, 44 - Durban

Era um dos três centros sul-africanos  sobre o Holocausto. A lógica por trás do ensino do Holocausto em ambientes pós-conflitos, era que isso permitia um exame mais amplo, objetivo e menos emocional do passado difícil de um país. Isso também servia como verdade para a África do Sul pós-apartheid e pós-colonial, onde a violência, a intimidação, o medo, a discriminação, a xenofobia e o assassinato estavam gravados na consciência coletiva do país, tanto no passado quanto no presente. Os Educadores do Museu eram o fulcro do programa educacional, determinando seu sucesso ou fracasso. Quem eram esses educadores de museus, por que eles eram voluntários, como adquiriram seu conhecimento de conteúdo e pedagogia e o que suas histórias pessoais significavam para sua orientação? Essas perguntas eram respondidas com a ajuda de entrevistas qualitativas. O documento fornecia informações sobre a origem social e as qualificações dos Guias; além disso, apontava desafios ao orientar os visitantes sobre seus idiomas, seus interesses na política e seus horários no local.

 

Durban Cultural & Documentation Centre - Corner com Epsom Road e Derby Street –

Este centro documentava a fascinante história da comunidade indígena de Durban. Aqui o visitante  encontrará informações sobre Gandhi na África do Sul, mão de obra indiana contratada, pinturas, artefatos culturais, jóias, roupas tradicionais e artes culinárias. A cultura indiana e a comunidade indiana local eram uma parte extremamente importante da história da África do Sul, e o Centro Cultural preservava bem essa história. A entrada era gratuita.

 

1860 Heritage Museum –  Derby Street, 1 -

Após o período de lua de mel da democracia, a África do Sul encontrava-se em momentos emocionantes na criação de monumentos e museus que  homenageavam cidadãos que foram marginalizados. Lugares como o Tribunal Constitucional, o Museu  Apartheid, o Freedom Park, o Museu do Sexto Distrito e o 1860 Heritage Museu comemoravam espaços emocionantes onde novas narrativas da história sul-africana estavam sendo acolhidas.  Objetivava se posicionar como a organização que melhor mostrava a rica herança dos indianos sul-africanos, dentro da diversidade que compunha a herança nacional da África do Sul.  Esperavam estabelecer o 1860 Heritage Centre como uma base de pesquisa primária para a história contratada, localizando todos os arquivos, documentação e pesquisa sobre escrituração no centro. 

 

Museu Bergtheil  – Queens Avenue 16 -  Berea West - Westville -

Era uma jóia escondida em Westville, num prédio pequeno repleto de vários artefatos históricos distribuídos em quatro salas que demonstravam como era a vida cotidiana de seus moradores. Era tudo muito bem conservado e rico o que apresentava os hábitos e costumes da história colonial do país sul africano. Recebeu o nome de Jonas Bergtheil e estava instalado no prédio mais antigo de Westville, datado de 1840. Enfocava os colonos alemães de 1848 que Jonas Bergtheil trouxe para Natal, como diretor da Natal Cotton Company e sua contribuição para o assentamento de Westville, Cleremont e New Germany. Abrigava uma a coleção de fotografias, documentos e artefatos. A entrada era gratuita e tinha estacionamento.

Museu da Casa Antiga - Diakonia Street, 31 -

Inaugurado em 1954 apresentava uma recriação da casa de uma das famílias mais proeminentes de Durban, os Robinsons. O Primeiro-ministro de Natal foi Sir John Robinson, então dono do Natal Mercury, o jornal matinal diário de Durban. A casa incluia mobiliário antigo e estava situada em jardins semelhantes a um parque. Havia uma série de itens em exibição que tinham histórias particularmente interessantes, como um relógio antigo que pertencia a um passageiro do malfadado Veleiro Minerva. Esta embarcação foi uma das muitas utilizadas para trazer emigrantes ingleses para a Colônia de Natal. Ele teve um final infeliz quando naufragou em um recife perto de Durban, em 1850, depois de ter ficado à deriva durante uma tempestade. Obviamente, vários pertences dos passageiros foram perdidos, mas o relógio em exibição foi um item que sobreviveu e foi encontrado intacto boiando dentro de um barril de madeira e surpreendentemente, ainda estava funcionando. O Museu estava aberto de segunda a sexta-feira, das 8.30 as 16.00h.

Museu de Arte Phansi uBuntu –  Cedar Road, 41 –  Glenwood -  

Abrigava algumas das maiores coleções de artes tradicionais, artesanato e artefatos da África do Sul. Bonecas em tamanho real mostrando roupas cerimoniais de diferentes regiões e culturas da África do Sul  estavam em exibição, assim como exemplos de bordados com miçangas que datam do século XIX. Apoios de cabeça, pratos de carne, colheres esculpidas e potes Zulu, também eram exibidos. Estava instalado na Roberts' House, que foi construída em 1898 e foi o lar de Esther Roberts, uma das primeiras antropólogas da África do Sul. A cafeteria Ikhishi estava aberta para lanches e almoços de segunda a sexta-feira das 11.00 as 15.00h.

Museu de Ciências Naturais – Durban City Hall - 1º Andar -  Smith Street -

Era o museu de ciências naturais mais visitados no país.  Visite a área de relatos da história boma, veja uma reconstrução em tamanho real de um Tiranossauro Rex, várias exibições de dioramas e telas de plasma mostrando cenários de história natural. O Centro de Pesquisa do Museu também oferecia ao público acesso a terceira maior coleção de aves da África. Abria a visitas de segundas a sextas-feiras das 8.30 as 16.00h.

 

Museu do Antigo Tribunal – Samora Machel Street, 77 -

Prestava uma homenagem encantadora à herança de Durban. Como o próprio nome indicava, o Museu já fora um Tribunal. No entanto, também foi muito mais do que isso. Foi vazado durante a Guerra Anglo-Zulu de 1879 e o prédio público mais antigo do CBD de Durban. Assistiu às Guerras Sul-Africanas e à Revolta de Bhambatha, bem como a Primeira e Segunda Guerra Mundiais. Durante essas guerras massivas, atuou como um centro de recrutamento. Antes de ser transformado em Museu, funcionava também como Biblioteca. O prédio era freqüentado por Mahatma Gandhi, que na época atuava como advogado em Durban, e também não estava isento das injustiças do domínio colonial. A Sala Durban mantinha exposições fascinantes, que incluiam réplicas da casa de campo de Henry Francis Fynn, uma prensa de cana-de-açúcar, armarinho e uma Farmácia do passado. Muitos dos estilos e peças de roupas originais foram imortalizados no Costume Room, e eram sempre uma delícia para jovens e adultos conhecerem. Abria de segunda a sábado das 8.30 as 16.00h e aos domingos das 11.00 as 16.00h.

Museu do Surf Time Wharp -  190 Lower Marine Parade –

Durban era sede de competições internacionais de Surfe, onde os profissionais mundiais lidavam com as marés e era local da única competição noturna de Surfe do mundo. Como um destino popular dos sonhos de Surf para a maioria dos jovens entusiastas, The Golden Mile prestava homenagem aos deuses do Surf com este Museu. Exibições de pranchas de surf da década de 1930 mostravam avanços esportivos compartilhados e forneciam uma passagem no tempo para documentar o barril. Até os alpinistas corporativos da cidade mantinham uma prancha de Surfe no porta-malas do carro, caso surjisse uma oportunidade de pegar o Oceano Índico. Abria de terça a domingo das 10.00 as 16.00h.

Museu Killie Campbell Africana - Berea 

Ficava no bairro de Berea, uma área antiga e nobre da cidade, onde era a residência de um Barão do Açúcar. Atualmente, a mansão reunia quadros pintados a óleo, móveis exóticos da época, coleção de bordados e utensílios, armas, máscaras e instrumentos musicais africanos. No mesmo bairro, estava o Jardim Botanico,  um dos mais antigos jardins botânico do continente, que também promovia eventos musicais e culturais.

 

Museu Marítimo de Natal - Bay and of Aliwal Street -

Durban era o centro de comércio marítimo da África e epicentro econômico da região, por isso aqui se instalou o Museu Marítimo de Porto Natal. Este tributo às tradições marítimas locais estava situado na costa do Porto de Durban, com uma vista ampla sobre a baía. Comerciantes e caçadores britânicos estabeleceram um posto avançado permanente aqui em 1824, com vista para as águas do Oceano Índico. Leve as crianças para explorar os conveses de três grandes navios de várias toneladas, incluindo o caçaminas naval SAS Durban (1957); o rebocador JR Moore (1961) construído para lidar com mar agitado e salvados; bem como o Ulundi, com seu motor a carvão de 1927. Circule pelas casas das máquinas antecipando o calor, explore as cozinhas imitando as ondas do mar e descubra os aposentos imaginando as conversas dos antigos marinheiros. Viaje pelo Britannia Exhibition Hall, onde colecionáveis ​​marítimos exibiam segredos das profundezas, perfeitos para pequenos entusiastas de piratas. Navegue por estrelas noturnas e se comunique com dispositivos antigos que ligavam navios por milhas náuticas. Aponte sua bússola para um tesouro naufragado, interaja com uma exibição ou assista a um programa educacional. Abria de segunda a sábado das 8.30 as 15.45h e aos domingos, das 11.00 as 15.45h.

Museu Militar Moth -  Masabalala Yengwa Avenue, 204 -  Durban Central -

Fundado por veteranos da Primeira Guerra Mundial, apresentava uma ampla coleção de medalhas, uniformes, distintivos e outros itens militares. Também se concentrava na participação da África do Sul nas duas guerras mundiais. Estava aberto de terça a domingo das 11.00 as 15.00h e aos sábados das 10.00 as 12.00h. 

 

Museu Phansi  - Esther Roberts Road,  500 – Glenwood -  Berea -

A filha da família Roberts, Esther, nasceu aqui e se tornou a primeira mulher antropóloga social da então Colônia de Natal. Era conhecida como bibliotecária, autora de trabalhos de pesquisa e livros sobre a população indígena e como confidente e amiga de Killie Campbell, um dos decanos dos coletores de Africana no país. Sua grande coleção e biblioteca agora estavam vinculadas à Universidade de KwaZulu-Natal. Mais importante ainda, Esther ficou muitos dias em silêncio do lado de fora da Prefeitura com seu grupo de solidariedade chamado Black Sash, lamentando as injustiças sofridas pela população não-branca. Ela morreu aqui, mais de dez anos antes da África do Sul se tornar um país libertado. Na nova África do Sul democrática, a estrada recebeu merecidamente o nome dela.

 

Museu Kwa Muhle – Bram Fischer Road, 130 -

O Apartheid foi um regime político sul-africano baseado na discriminação social e vigorou de 1948 a 1994. Foi uma época dolorosa para a África do Sul e seu povo, mas também desempenhava um papel importante em moldar a face multifacetada da liberdade que este país agora desfruta. O Museu dedicava-se a olhar para o sistema Apartheid com uma mente aberta, honrando aqueles que lutaram contra ele e explorando seus efeitos na sociedade moderna, de uma forma positiva e otimista. A expressão Kwa Muhle era um termo zulu que significa o lugar do bom e foi nomeado em referência ao seu primeiro gerente, o senhor Marwick, personagem que ajudou mais de 7.000 Zulus a escapar de Gauteng ( então chamado de Transvaal ), durante a Guerra Anglo-Boer. Ele foi fundamental para salvar a vida de milhares de sul-africanos nativos, em uma época em que seu sangue era procurado por colonos e fazendeiros.

Estava instalado num prédio que já fora uma das estruturas mais desprezadas de Durban, o Departamento de Assuntos Nativos. Este departamento do Governo tinha a tarefa de fazer cumprir a legislação imposta por um sistema de Apartheid, que discriminava os não-brancos e muitas vezes, tornava a vida deles extremamente difícil. O prédio transformou-se num lugar de esperança e otimismo, lugar onde se celebrava a diversidade e se homenageava aqueles que outrora fizeram parte da luta contra a injustiça. Foi projetado em 1927 e construído no ano seguinte. O prédio agora abrigava um registro para os muitos setores culturais que compunham a nação do arco-íris, que era a África do Sul. Abria de segunda a sábado das 8.30 as 16.00h. Aos domingos e feriados abria das 11.30 as 16.00h. A entrada era livre e tinha estacionamento gratuito.

 

Museu Whaling  – Old Mission Road, 41 –Bluff -

Um tímpano de baleia era um dos vários artefatos interessantes em exibição no novo museu baleeiro inaugurado pelo administrador local de Bluff, Dave Nielsen, que decidiu compartilhar as recordações que guardava desde o auge de atuação profissional de seu pai como baleeiro. O Museu exibia uma vasta gama de peças de dentes de baleia, costelas de baleia, um invólucro de arma de arpão, fotos antigas, recortes de jornais, uma faca esfoladora de tubarões e uma bússola antiga de um barco baleeiro. Ficava em frente ao Bayview Sports Club.

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