ZARAGOZA - Museus e Palácios - Espanha - 2/2
Casa de Armas – Calle de Armas, 32 -
Esta casa-palácio, situada no prolongamento medieval da cidade que hoje era conhecido como bairro de San Pablo, fora construída na virada do século XVI. Dispunha de cave com adegas, piso térreo, piso principal e sótão. A fachada era em tijolos, com grandes janelas que foram redistribuídas nos séculos XIX e XX. No piso superior existia um mirante decorado com pequenos arcos de lanceta. O acesso à sala era feito a partir do pátio através de um arco. No piso principal encontrava-se a estrutura original da sala, juntamente com apenas uma câmara e dois magníficos tetos mudéjares com decoração policromada e inscrições. Atualmente servia de Escola Municipal de Música e Dança, preservando elementos mudéjares e muçulmanos.
Casa de Miguel Donlope – Calle Domer, 21/23 -
Era a sede da Real Maestranza de Caballería de Zaragoza, este palácio destacava-se pelo seu teto de madeira e caixotões. Mais conhecida como Real Grêmio de Cavalaria (antiga Irmandade dos Cavaleiros de São Jorge) por ser a sede desta corporação desde 1835, adquirida à família Rivas-Jordán de Urriés em junho de 1912. Fora construÍda em 1530 por Don Miguel Donlope, notável jurista que participara na arregimentação da cidade e na administração Real, através do seu cargo de Procurador, no Conselho Supremo de Aragão. As obras prolongaram-se até 1542.
Centro de Arte e Exposições Ejea dos Caballeros - Calle Santiago Ramón y Cajal, 21 –
Inaugurado em dezembro de 2016, estava localizado no centro histórico de Ejea de los Caballeros, Província de Zaragoza. Fazia parte da rede de espaços expositivos com os quais agregava recursos para o seu trabalho de dinamização e promoção da cultura no meio rural de Aragão. Parte das suas instalações – sala de reuniões, controle de acessos ou espaços para oficinas e atividades – estavam instaladas na histórica casa das Cinco Villas. Era no terreno adjacente onde se encontrava o prédio que continha o espaço expositivo construído em cinco pisos.
Museu Agraria – Calle Manuel Lorenzo Pardo - Cidade da Água -
Situado em Ejea de los Caballeros, era um espaço espetacular que transmitia a importância da água no progresso social e econômico do ser humano. Mostra as raízes e a evolução da agricultura graças à mais impressionante coleção de máquinas agrícolas antigas de Espanha. Eram mais de sessenta peças que iam desde o arado romano à mais moderna tecnologia, passando por modernas máquinas do final do século XIX e início do século XX. Eram mais de 2.800 metros quadrados memórias para se reconectar com as origens. Abria de terça a sabado para visitas guiadas às 10.00, 13.00, 16.00 e 19.00h. Aos domingos, as 10.00 e as 13.00h.
Museu Alma Mater – Plaza da Seo, 5 –
Aquipoderá conhecer sua composição da exposição permanente, desde seu acesso pelo Paseo del Ebro e percorrendo a área da torre que abrigara a primeira residência do Bispo Dom Pedro de Librana , depois de Afonso I, o Batalhador, ter conquistado a cidade muçulmana de Saraqusta, no Natal de 1118, até à última grande sala que, antigamente, era local de celebrações e de onde se acessava aos aposentos do Arcebispo, situados na torre que fechava o palácio no lado leste. Abria de segunda a sábado das 10.00 as 17.00h.
Museu Arqueológico Romano – Plaza da Seo, 2 -
Instalado no sub-solo da atual praça da Sé, apresentava os restos arqueológicos do antigo Fórum romano da cidade, em tempos do Imperador Tibério. Também eram conservados restos de um mercado, tubulações, um esgoto e algum muro da época do Imperador Augusto, quando da fundação de Zaragoza. A exposição era completada com uma impressionante instalação audiovisual. Também conhecido como Museu do Fórum Caesaraugusta, o espaço contava como viviam as pessoas naquele período e possibilitava que os visitantes conhecessem o Fórum, o porto, as termas romanas e um anfiteatro milenar.
Museu da Cerâmica - Parque Grande de José Antonio Labordeta -
Era um dos museus mais populares da cidade, graças ao seu acervo único e à grande variedade de peças que abrigava, como uma coleção enriquecida de diversas cerâmicas aragonesas com amostras inclusive mais refinadas. O projeto do museu foi iniciado em 1956 com o objetivo de tornar a arte ainda mais popular entre as pessoas, mas somente após a reforma de 1990 isso se tornara possível. Instaladas no térreo, duas grandes mostras apresentavam as funções e a evolução da cerâmica desde as suas origens até aos dias atuais.
Museu da Cerveja Zaragozana – Calle Ramón Berenguer IV, 1 -
A fábrica Zaragozana era uma das únicas duais restantes fábricas independentes em Espanha, onde a famosa cerveja âmbar era produzida e detinha o rótulo de Embaixador do Zaragoza. A visita era dividida em duas partes. Primeiro, a tradicional visita à fábrica, e um vídeo explicando a história da cervejaria. Após, visita às instalações da fábrica, onde todas as fases da fabricação eram demonstradas.
Museu da Gravura – Calle Zuloaga, 3 -
Para Goya, a gravura começara como uma simples distração para um adolescente e um método para aprender com seu professor Velázquez, logo percebera as possibilidades criativas que possuia. Toda a sua obra impressa poderia ser considerada parte do diário íntimo que o pintor legara à posteridade, no qual demonstrava a facilidade e a singularidade com que ousava tratar determinados temas (alguns deles extremamente polêmicos), bem como a liberdade e mestria com que conseguia combinar as técnicas de água-forte, ponta seca, buril ou água-tinta, fato invulgar na época. Inaugurado em abril de 1989, a criação deste Museu fora possível graças à generosidade de pintores que com a doação e leilão de suas obras que permitiram o aquisição de duas coleções de gravuras.
Para sua construção fora recuperada uma típica casa aragonesa de Fuendetodos, que se desenvolvera em três pisos: o térreo, com corredor, cozinha, anexos; o primeiro andar, com quatro divisões e, por último, o segundo andar, ocupado pelo piso falso ou coberto. Tudo fora recuperado ou substituído, para permitir um adequado funcionamento. A entrada era conjunta com a Casa Natal de Goya e a Sala Ignacio Zuloaga. O horário para visitas era de terça a domingo, das 11.00 às 14.00 e das 16.00 às 19.00h.
Museu das Múmias Quinto - Cerro da Corona -
Estava localizado em um belo exemplo de igreja mudéjar, popularmente conhecida como El Piquete, que era antiga igreja paroquial de La Assunção, do século XIV, abrira as suas portas após um intenso processo de restauro para transportar os visitantes para uma época passada, onde o impacto da Guerra Civil se combinava com a sensação de espreitar o futuro. morte ao mesmo tempo. Quinto, se tornava um lugar imperdível se quizesse visitar primeiro o Museu Espanhol. O horário das visitas guiadas, com duração de uma hora e meia, era o seguinte:
• De segunda a quinta-feira: reserva prévia de grupo;
• Às Sextas, sábados e feriados: manhãs às 10.00 e às 11.30h. Tardes de outubro a abril: às 16.00 e às 17.30h.
Tardes de maio a setembro: às 18.00 e às 19.30h;
• Domingos: às 10.00 e às 11.30h.
Museu das Termas Públicas - Calle São João e São Pedro, 3/5/7 –
Em 1982-1983 durante as obras de manutenção da Rua San Juan e San Pedro, foram descobertos os restos de uma grande piscina pertencente a banhos públicos romanos. Esta descoberta foi ampliada em 1990 com o encontro de latrinas pertencentes a uma fase anterior. Os banhos públicos situavam-se no centro de Caesaravgvsta, na zona entre o Fórum e o Teatro.
Das diversas salas de que dispunham estas instalações, destacavam-se camarins, salas quentes, mornas e frias e ginásio. A piscina, estimada originalmente em 15x8 metros de comprimento, dos quais restavam apenas 9x7 metros, era de forma retangular, embora a única extremidade sobrevivente seja estendida em forma de abside lobada. O fundo fora decorado com lajes de mármore, algumas das quais foram reaproveitadas após o encerramento das termas no início do século IV dC. Do pórtico que circundava a piscina, cuja altura era de 5 ou 6 metros, restavam ainda três bases de colunas e vários suportes. Funcionava de terça a sábado das 10.00 as 14.00 e das 17.00 as 21.00h. Aos domingos abria das 10.00 as 14.30h.
Museu das Lanternas e do Rosário de Cristal - Plaza de San Pedro Nolasco –
Estava localizado no interior da igreja do Sagrado Coração de Jesus. Abrigava as peças de artesanato que compunham o rosário de cristal., que era celebrado dia 13 de outubro na capital aragonesa e consistia em uma procissão noturna de lanternas e carros alegóricos, que correspondiam a cada uma das partes que eram rezadas na oração do rosário. Em janeiro de 1889, era fundada a Real Irmandade do Santo Rosário de Nossa Senhora do Pilar, e sua diretoria decidira construir carros alegóricos para representar cada uma das partes do rosário: Mistérios, Padres Nossos, Ave-Marias, Glórias e Ladainha.
As obras foram realizadas rapidamente e nesse mesmo ano acontecia o primeiro desfile em Zaragoza. No ano seguinte, a festa mudara para 13 de outubro, e seu nome atual fora mencionado pela primeira vez: Rosário de Cristal. No início, as lanternas eram iluminadas por dentro, por meio de velas, mas no último terço do século XX fora introduzida a iluminação elétrica que hoje era utilizada.
Museu de Ciências Naturais – Plaza Basilio Paradise, 4 –
Fundado em 1883 era o museu mais antigo da cidade. Fazia parte da Universidade de Zaragoza e está instalado em um belo prédio neoclássico no centro da cidade. O museu possuia uma ampla coleção de espécimes de história natural de todo o mundo. A coleção incluia fósseis, minerais, rochas, conchas, insetos, plantas e animais. Havia também exposições de evolução humana e antropologia. O museu também abrigava uma biblioteca e um herbário. Havia visitas guiadas às exposições, oficinas, palestras e uma variedade de eventos especiais. Tinha uma loja de recuerdos e um Café. Abria de terça a domingo, das 10.00 às 14.00 e das 16.00 às 20.00h. A entrada era gratuita.
Museu de Tapeçarias e Capitular da Seo – Plaza da Seo –
Instalado na Catedral da Seo, abrigava uma importante coleção de tapeçarias pertencentes ao Conselho Municipal Diocesano, que era considerada pelos especialistas como a mais importante do mundo em seu gênero. Era composta por 63 tapeçarias flamengas e 6 reposteras, muitas delas de origem medieval e de estilo gótico, e outras tantas renascentistas e barrocas. Atualmente, estavam expostas 11 destas tapeçarias bem como outras tantas peças de ourivesaria, ornamentos sagrados e bustos relicários.
Museu de Zaragoza – Praça dos Sítios, 6 –
Era o maior e mais representativo museu de toda a região de Aragão. Suas coleções ofereciam uma visão geral do passado, desde os tempos pré-históricos, incluindo a Antiguidade, a Primeira Idade Média, o Renascimento, os períodos góticos e barroco, a era Goya e o século XIX e XX. Havia também coleções únicas de cerâmica, etnologia e arte oriental. A extensa coleção começara quando fora fundado em 1836, com itens provenientes da apreensão de propriedades da igreja pelo Governo espanhol, no confisco de Mendizábal (Desamortización de Mendizábal). Desde então, fora ampliado por meio de diversos canais legalmente estabelecidos, como compras, doações, depósitos, escavações e levantamentos arqueológicos.
Museu do Fogo e dos Bombeiros – Calle de Santiago Ramón y Cajal, 32 –
Era dedicado à história do combate a incêndios e ao serviço de bombeiros na Espanha. Era localizado no antigo Quartel de Bombeiros no centro da cidade, e estava instalado em um belo prédio com um design único. Era dividido em duas partes: o Museu de Fightsing e o Museu do Serviço de Bombeiros. O museu de combate a incêndios mostrava a história do combate a incêndios na Espanha, desde seus primeiros dias até a atualidade.
Museu do Origami – Plaza de São Agostinho, 2 –
Era também um ponto de encontro para dobradores e hobbyistas de todo o mundo, ansiosos por partilhar conhecimentos e competências relacionadas com a dobragem artística de papel. Nesta exposição o visitante poderia apreciar a coleção de figuras do Grupo Zaragozano Origami, uma das coleções mais importantes do mundo, e conhecer as tendências mais significativas do origami em exposições temporárias. A visita poderia ser completada com a participação em workshops e cursos de vários níveis. A EMOZ possuía um acervo bibliográfico completo de livros e revistas e uma grande variedade de materiais relacionados ao tema origami estará disponível no espaço da loja.
Museu do Teatro Romano – Calle de São Jorge, 12 –
Um dos recursos turísticos culturais utilizados pela cidade fora a criação de um roteiro, chamado de Caesaraugusta, como meio para conhecer seu passado romano, que percorria todos os museus dedicados aos restos que ainda existiam do assentamento romano nesta cidade espanhola: muralhas, porto fluvial, termas públicas, o Teatro localizado no ponto mais alto da cidade. Tivera capacidade para acolher até 6.000 espectadores. Fora redescoberto em 1972, e até então e desde sua construção no século I sofrera várias modificações.
No século III começara sua decadência, sofrendo a exploração de seus materiais que foram utilizados para a construção da muralha. Na época muçulmana crescia em seu terreno a Medina, cheia de intrincada ruelas e mais tarde no século XIII (época cristã) se instalara ali o bairro judeu até 1492 quando, depois da expulsão dos judeus, se iniciou uma progressiva abertura ao restante da cidade. A partir do século XVI nesta zona se construíram várias igrejas e residências de importantes famílias até o século XX, quando fora reformada a residência da família Guillén convertendo-a no atual Museu. Em seus três andares se poderia ver desde um audiovisual e um teatro, até uma grande maquete em três dimensões recriando grandiosidade do prédio.
Museu Goya – Coleção IberCaja - Calle de Ezpoz e Mina, 23 –
Abrira suas portas pela primeira vez em 30 de novembro de 1979, reunindo as coleções de arte do professor e acadêmico aragonês José Camón Aznar e de sua esposa María Luisa Alvarez Pinillos. Para albergar estas obras, a então Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Zaragoza, Aragón y Rioja adquirira a casa de Jerônimo Cósida, um dos mais belos exemplares da arquitectura civil do Renascimento saragozense. Em fevereiro de 2015, o museu tornava a abrir suas portas, desta vez como Museu Goya e a Coleção do Museu Ibercaja-Camón Aznar, fruto da vocação da Fundação Ibercaja para a conservação do patrimônio.
Abrigava 500 obras, 39 recém-adicionadas, com destaque para 15 obras de Francisco de Goya, além das coleções completas de gravuras, acompanhadas de peças de autores anteriores, contemporâneos e posteriores do artista. Das novidades, 28 provinham da Coleção Ibercaja e 11 vieram da Real Sociedade Económica Aragonesa dos Amigos da Pátria. Entre as novas peças, destacavam-se um desenho de Goya, diversas obras de Francisco Bayeu e importantes criações de artistas aragoneses como José Luzán, Mariano Barbasán, Marcelino de Unceta, Francisco Pradilla, Pablo Gargallo e os Grupos Pórtico e El Paso. Completava a sua oferta aos visitantes com novos meios tecnológicos: audioguias e tablets que continham explicações detalhadas de mais de 300 obras relevantes em espanhol, inglês e francês.
Museu Olímpico do Esporte Joan Antonio Samaranch – Avenida do Estadio, 60 -
Administrado pela Fundação Olímpica de Barcelona, era uma janela aberta para o universo esportivo, espaço pioneiro na Europa com visão histórica, ética, recreativa e educacional, mostrava uma perspectiva global do esporte em todas as suas disciplinas e modalidades em um espaço interativo que conta com tecnologia avançada aplicada a todas as áreas que fazia dele um espetáculo para os sentidos. Abria de segunda a sábado das 10.00 as 18.00h e aos domingos das 10.00 as 14.30h.
Museu Pablo Gargallo – Plaza de São Felipe, 3 –
Em maio de 1982, Pierrette Gargallo de Anguera e Ramón Sainz de Varanda, então Prefeito de Zaragoza, assinaram o Contrato de Fundação do Museu Pablo Gargallo, estabelecendo compromissos de cada parte: os herdeiros de Pablo Gargallo doaram esculturas, desenhos, caricaturas e documentação bibliográfica, e a Câmara Municipal de Zaragoza restauraria o palácio de Argillo para instalar o museu, cuja propriedade seria do município.
Quando fora inaugurado, em 8 de julho de 1985, seu acervo era bastante representativo da produção do artista, critério aplicado em todas as aquisições posteriores, de modo que as esculturas, caricaturas, desenhos, gravuras e as jóias que atualmente as compunham, pertenciam a todos os períodos da sua carreira criativa e correspondiam aos temas, materiais e técnicas que a definiam. O acervo exposto fora ampliado pela última vez em 2014 com a doação pela família Angera-Gargallo de dez obras originais de Pablo Gargallo.
Museu Pablo Serrano – Passeio Maria Agustin, 20 -
O prédio original abrigava uma antiga oficina de carpintaria, que na década de 80 fora adquirido pela Fundação Pablo Serrano e reformado em 1987 para apresentar o trabalho do artista, bem como outras exposições de arte contemporânea. Fora inaugurado em 1995 e seu interior tinha três espaços para exposições. Entre 2007 e 2011 passara por uma grande reforma, aumentando a sua área de exposição e adquiria uma imagem mais moderna.
Museu Pilarista – Basilica de Nossa Senhora do Pilar –
Abrigava desde mantos e jóias de Nossa Senhora, até pinturas e esculturas. Estava situado na sacristia principal da Basílica do Pilar. Também eram mostrados todos os esboços da decoração pictórica do templo, realizados por Goya, entre outros artistas; pinturas e esculturas religiosas dos séculos XVI ao XVIII, artesanato mudéjar, custódias e imagens para procissões. A primeira das doações era justamente um dos objetos mais valiosos que se poderia ver no Museu, era o olifante de Gastón de Béarn, um chifre de marfim finamente decorado com relevos de animais, reais e fantásticos. Ao vê-lo, poderia procurar perus, águias ou leões, mas também figuras de origem mitológica como os basiliscos.
Este chifre pertencera ao Conde francês que fora lutar ao lado de Alfonso - o Combatente - na conquista de Zaragoza aos muçulmanos. Constava que ele e sua esposa ficaram encantados com a cidade e com a igreja de Santa María la Mayor de Zaragoza, antecessora de El Pilar, tanto que pediram para serem enterrados aqui. Embora não se saiba se o seu último desejo fora realizado, pelo menos este curioso objeto artístico estava preservado na igreja que tanto adoravam.
Estação Central Ferroviária - Delícias
Os Palácios
Casa Palácio dos Condes de Bureta – Calle Condessa de Bureta, 4 – Bureta
O prédio onde vivera a Condessa de Bureta - heroína dos Sítios - oferecia uma interessante visita guiada que transportava o visitante à vida palaciana nos séculos XVIII e XIX, época em que Dona María Consolação Domitila Azlor y Villavicencio - Condessa de Bureta - aqui vivera com seus filhos. No primeiro andar encontrava-se o rico arquivo da casa, que guardava e preservava documentação entre os séculos XII e XIX, e que se encontrava em processo de catalogação, além da biblioteca, sala nobre, sala de música e sala de bilhar.
No segundo andar, além dos quartos entre os quais se destacava o da Condessa, encontravam-se a sala de jantar, a sala de chá e a Sala Branca, antigamente chamada de Sala dos Cavaleiros, decorada de acordo com a época e na qual estavam pendurados interessantes retratos e obras de arte, que juntamente com os da casa constituem uma excelente galeria de arte. Neste piso encontraca-se também a Capela do Oratório, com bula papal concedida às Doze Casas de Aragão, por Inocêncio VII. No último andar da casa havia uma bela galeria aberta de onde se avistavam belas paisagens desde o Moncayo até ao Ebro.
Palácio da Real Maestranza de Caballería - Calle Dormer, 21 –
Um dos segredos mais bem guardados da cidade é a sede da Real Maestranza de Caballería, um dos palácios renascentistas aragoneses mais bem preservados, localizado no centro histórico, atrás de La Seo. Construída por ordem de Don Miguel Donlope, que durante algum tempo foi advogado da cidade de Saragoça, a sua arquitectura é típica do Renascimento Aragonês. Destacam-se a rica ornamentação em gesso do pátio interior e da escadaria e os tectos em caixotões dos quartos do piso nobre que misturam elementos renascentistas e mudéjares. A arquitetura renascentista aragonesa adota os elementos clássicos do Renascimento italiano, misturando-os com elementos góticos e mudéjares; a famosa arte da escadaria dá-nos um bom exemplo disso. A Zaragoza do século XVI era uma cidade rica, apelidada de La Harta, devido ao seu grande desenvolvimento económico, e essa riqueza reflectia-se nos edifícios da época. Existiam mais de 200 palácios renascentistas, a cidade era conhecida como a Florença espanhola.
Palácio de La Aljafería –
Fora construído sobre as paredes de fundação de uma casa torre, que remontava ao Reino dos Mouros, no século IX. O prédio original fora ampliado e alterado muitas vezes desde o seu estabelecimento durante o Reino da Taifa, em 1065. Especialmente após a recuperação pelos reis católicos em 1118, o seu design fora notavelmente influenciado pelos muçulmanos emigrados e pelo seu famoso estilo mudéjar. Este estilo era fortemente caracterizado pela arquitetura islâmica; arcos de ferradura e estuque foram acrescentados aos outros estilos arquitetônicos como o românico, gótico e renascentista.
Palácio dos Condes de Morata -
Era sede do Superior Tribunal de Justiça de Aragão, famoso pela sua fachada e pátio interior.
Palácio dos Condes de Sástago -
Fora utilizado como sala de exposições temporárias, propriedade da Câmara Provincial de Zaragoza.
Palácio dos Huarte -
Abrigava o Arquivo Histórico Provincial de Saragoza, destacando-se o arco de entrada e a galeria de arcos.
Palácio dos Condes de Argillo -
Era onde estava instalado o Museu Pablo Gargallo, com fachada, pátio e tetos originais.
Palácio Montemuzo -
Era onde funcionava como arquivo, biblioteca e arquivo de jornais municipais.
Palácio Torrero -
Era a sede do Colégio Oficial de Arquitetos de Zaragoza, preservava a sua fachada original, pátio e uma adega.